Gru, o protagonista de Meu Malvado Favorito, é inicialmente retratado como um vilão malvado e sem coração. Porém, ao longo do filme, ele começa a se envolver com três meninas órfãs que mudam sua vida para sempre. Margo, Edith e Agnes são adotadas por Gru, e a partir daí temos uma visão mais profunda do personagem.

A relação de Gru com suas filhas adotivas é bastante conturbada no início. Ele não sabe como lidar com a maternidade repentina e se esforça para manter sua imagem de vilão. No entanto, à medida que se envolve mais com as meninas, ele começa a perceber que precisa mudar seu comportamento e colocar as necessidades dos filhos em primeiro lugar.

É interessante notar que, ao adotar as três meninas, Gru também está superando seus próprios traumas emocionais. Em um determinado momento do filme, descobrimos que ele tentou ser adotado por uma família quando era criança, mas acabou retornando ao orfanato após a recusa dos pais. Essa experiência deixou cicatrizes profundas em Gru, e é possível traçar um paralelo entre sua rejeição e o medo de ser rejeitado como pai.

Conforme os eventos do filme se desenrolam, Gru começa a se transformar em um pai mais carinhoso e protetor. Ele aprende a lidar com as emoções das meninas e se preocupa com o bem-estar delas acima de tudo. Essa mudança é exemplificada em uma cena emocionante em que Gru cuida de Agnes, que está doente, durante toda a noite. Esse momento simboliza a conquista de uma maturidade emocional que Gru nunca havia experimentado anteriormente.

Em suma, a relação entre Gru e seus filhos em Meu Malvado Favorito é uma das histórias mais emocionantes do cinema de animação. O filme retrata de forma realista a complexidade das relações familiares e como é possível superar traumas e aprender a ser um pai (ou mãe) amoroso e presente. Gru, que era um vilão malvado no início, se torna rapidamente um pai amoroso e dedicado. É uma história de crescimento pessoal, superação e, acima de tudo, amor incondicional.